segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Sempre fui estranha

Querido Diário, sempre fui uma garota diferente das outras, via o mundo da minha forma e a forma que eu via era muito estranha!!!

Eu nunca gostei das coisas que as pessoas ao meu redor gostavam. Sei lá, achava tudo aquilo chato e me perguntava porque diabos alguém gostava dessas coisa... Minha família era como eu, estranhamente iguais!!! Cresci ouvindo Rock, jogando videogame, vendo clips na MTV, assistindo filmes de terror e lendo livros que perturbaria qualquer ser humano.

Minha adolescência não foi fácil, ( acho que a de ninguém né? Rs ) mas foi divertida pois no meu caminho encontrei pessoas que viam o mundo um pouco parecido com o que eu via! Minha personalidade aos poucos foi se consolidando e aquela garotinha diferente e vista como "estranha" para maioria, cresceu e continuou estranha! Pois é... Nada mudou!! Ainda vejo o mundo totalmente distorcido do que a maioria vê!!

Me sinto diferente por ser assim. Mas a verdade é que eu até prefiro viu, já que a maioria das pessoas eu acho um saco kkkk 

Nossa, o tempo passou muito rápido e já está de noite... 

Preciso tomar um banho.. 



Depois volto e escrevo mais querido diário...

A visão sombria de Arnold Böcklin

Arnold Böcklin


Olá amantes da noite... 

Hoje vamos falar sobre arte sombria, e para esse primeiro texto nesse tópico, resolvi falar um pouco sobre Arnold Böcklin...

Arnold Böcklin foi um pintor Suíço de grande influência no posterior movimento surrealista, um dos maiores expoentes da pintura germânica do século XIX que encontrava alegria nas simples paisagens ensolaradas da Itália, mas sua vida foi marcada por terríveis acontecimentos como perdas familiares, depressão e pobreza que fadado a tantas desgraças mudou sua arte consideravelmente para uma arte sombria e funérea. 

Suas maiores pinturas foram sombrias e cheia de alusões a mundos estranhos, onde a morte costumava ocupar um lugar de destaque.

Arnold Böcklin costumava usar tons escuros para trazer uma visão mais sombria em cenários mais naturais como em campos, praias, rios e casas em ruínas onde podemos observar um toque de tristeza, melancolia, decadência e um certo tipo de obsessão pela morte que o acompanhou desde criança com suas tragédias pessoais, sendo assim o pintor estabeleceu com ela um relacionamento de paixão mórbida, arte, poesia visual e fascínio obscuro.
Um de meus quadros preferidos de Arnold com toda certeza é o quadro “Autorretrato com Morte Tocando Violino” (1872). O próprio nome da obra já fala muito sobre ela, mas com uma visão mais aguçada sobre o quadro podemos perceber algumas coisas que particularmente me encantaram ainda mais nessa obra.
Uma delas é que a morte sussurra em seu ouvido o som de um violino com apenas  uma corda, a corda sol que tem o som mais grave do instrumento e incrivelmente a corda sol quando tocada sozinha tem um som maduro, mórbido, sério e ameaçador!
Arnold em seu autorretrato parece acabar de ouvir esse som e em seu rosto podemos perceber um ar assustado mas que reconhece aquele som e sabe do que se trata.
A morte por sua vez traz um sorriso irônico e debochado que com sua sútil melodia se faz lembrar a todo instante que estamos fados a ela nos fazendo ouvir seu ruído mórbido rasgando a escuridão  de nosso ser!
Arnold Böcklin com certeza acrescentou muito em minha forma de ver a morte, a vida e o lado sombrio do ser humano, vale muito a pena conhecer mais a fundo sua vida, sua forma de ver o mundo e suas obras que perpetuaram na história da arte sombria da humanidade. 

Escrito por: Obscura 


Doce solidão

Doce solidão, porque eis tão cruel comigo?
Fazendo de abrigo meu singelo coração...
Tu me destes a mão em momentos de dor
Mas o tempo passou e tua palidez reinou!
Oh doce solidão
Saia de meu peito
Permita-me desfrutar em meu leito
Os pecados de um novo amor!!
Não afastes o olhar, o toque, os encantos e desencantos de uma última quimera
Doce solidão
Tu continuastes sombria, imponente e melancólica
Te faz de minha amiga e diz que vai embora
Mas na penumbra da noite eis que vem sutil
Entrelaçando-se em meu corpo e com todo o meu desgosto
Beija-me os lábios e me faz de tua amante!

Escrito por: Obscura